Marieta Severo participou do Altas Horas que foi ao ar ontem (25) e falou sobre vários assuntos que envolvem a situação política do Brasil atualmente. A atriz ficou exilada na época da Ditadura Militar e disse que é a favor da democracia e contra discursos de ódio e liberação das armas para todos, fazendo referência à conduta do plano de governo do presidente Jair Bolsonaro.
Uma das últimas convidadas do programa nesse ano, Marieta estava participando da atração através da internet. Serginho relembrou alguns momentos que marcaram a carreira profissional dela e a veterana falou sobre o período que ficou afastada da telinha por dez anos.
Ela afirmou que isso aconteceu no período da Ditadura, um período difícil que ela espera que não retorne nunca mais, nada parecido com aquilo que viveu. Chico Buarque, cantor e ex-marido da atriz, estava censurado, sem poder se apresentar na televisão, e ela pensava que não era justo ela trabalhar com ele censurado. Por causa disso, ficou 10 anos longe da telinha, não foi por opção profissional de fazer teatro e sim, por esse motivo.
Severo ainda contou que ficou grávida do marido em 1969 quando eles foram para a Itália, depois de terem visto Caetano e Gilberto Gil serem presos aqui no país, o casal decidiu ir para lá e ficaram exilados.
Marieta declarou que eles recebiam muito recado das pessoas daqui, falando que caso voltassem, Chico iria ser preso, e ela já estava no final da gestação. Logo, decidiram não voltar e a filha nasceu na Itália, por causa disso, a família ficou lá por mais de um ano. Ela espera que esse período não volte nunca mais, pois ”é horrível não ter liberdade, e viver sem democracia”.
A global espera que no próximo ano, as pessoas possam ”viver sem o discurso de ódio, de armas e violência no Brasil”.