Integrante do governo de Jair Bolsonaro, atuando como secretário especial de Cultura, o ex-ator Mario Frias utilizou as redes sociais no último sábado (18) para desabafar sobre um caso ocorrido com a sua esposa Juliana Camatti, e a filha mais nova, de 10 anos. As duas foram expulsas de um hotel localizado no Rio de Janeiro por não apresentarem passaporte vacinal.
O documento é necessário para comprovar a vacinação contra o coronavírus. Em posts no Twitter, Mario Frias não poupou críticas e disparou contra a exigência, definindo-a como criminosa, e ainda aproveitou para disparar contra a gestão do Executivo do Rio, mas não chegou a citar o nome do prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD).
“Estou viajando a trabalho, quando recebo a notícia de que minha esposa foi expulsa de um hotel no Rio de Janeiro, junto com minha filha de 10 anos, porque não tinham essa porcaria criminosa do passaporte de vacinação”, disse Mario Frias no tweet inicial.
Na sequência, o secretário volta a chamar o decreto de “criminoso”, e disparou fortes comentários e xingamentos contra Paes, de forma indireta, o chamando de “burocrata de merda”.
Resposta
Mesmo não tendo sito citado nominalmente por Frias, Eduardo Paes se posicionou nas redes sociais, e respondeu o secretário de Bolsonaro com ironia. Em uma das postagens, o prefeito do Rio de Janeiro retuitou um vídeo publicado pelo secretário, e disse que todos que apareceriam na roda de samba, inclusive ele (Paes), está vacinado contra o coronavírus.
No início de dezembro, a prefeitura do Rio de Janeiro publicou um decreto exigindo o passaporte de vacinação para espaços fechados, como shopping, restaurantes, hotéis entre outros lugares. A ação visa paralelamente diminuir a disseminação do coronavírus e impulsionar a campanha de vacinação.