Após agressão a repórteres, Maju não se cala e detona Bolsonaro no Fantástico: ‘cenas bárbaras’

Apoiadores e seguranças do presidente da República foram acusados de agressão à imprensa.

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Maju Coutinho e Polina Abritta não pouparam o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Fantástico deste domingo (12). Pela manhã, apoiadores e segurança do presidente haviam agredido profissionais da imprensa na Bahia. As cenas causaram revolta.

Profissionais de afiliadas da Globo e do SBT no estado foram alvos de hostilização. O vídeo abaixo mostra mais detalhes. No Fantástico, Maju adjetivou o caso. “As cenas bárbaras de hoje”, disse a jornalista. Em seguida, ela citou o ocorrido na Itália, em 31 de outubro, quando seguranças de Bolsonaro também agrediram profissionais de imprensa.

Em seguida, a jornalista afirmou que se os seguranças do presidente agem por conta própria, a presidência seria omissa. Se seguem ordens de superiores, a presidência deve ser responsabilizada. Poliana classificou os atos como escandalosos.

Embate Bolsonaro x Globo acontece há algum tempo

TV Globo e Jair Bolsonaro não se entendem. Desde 2018, a relação entre as partes ficou bastante conturbada. Bolsonaro nunca escondeu suas críticas à emissora e parece se sentir atacado a cada reportagem negativa sobre o seu governo na tela do plim plim.

A relação conflituosa chama a atenção de muita gente e dois fatos futuros repercutem desde já: o primeiro deles é a eleição presidencial do ano que vem. Tradicionalmente, o Jornal Nacional recebe os candidatos à presidência e a Globo organiza debates no primeiro e no segundo turno.

Em 2018, Bolsonaro causou polêmica ao ficar frente a frente com William Bonner e Renata Vasconcellos. O então candidato à presidência citou até o casamento do apresentador. No segundo turno, a Globo cancelou o debate entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) devido à ausência do primeiro. O petista protestou.

Outro fato importante é a renovação de concessão da Globo, que deve acontecer em meados de 2022. Bolsonaristas mais fanáticos querem que o presidente cancele a concessão da emissora. A decisão não passa apenas pelo Executivo e dificilmente será levada a cabo.