Em entrevista à jornalista Fernanda Freitas, o médico Kleyton Carvalho, um dos participantes do resgate dos corpos envolvidos no acidente com o avião da cantora sertaneja Marília Mendonça no último dia 5 (sexta-feira), contou detalhes sobre o procedimento e sobre o momento em que constatou que a cantora estava sem vida.
De acordo com o médico, a dificuldade enfrentada para o resgate das vítimas foi significativa, uma vez que o avião estava em um local íngreme, de difícil acesso. Além disso, havia risco de explosão da aeronave, já que a quantidade de combustível presente no local era grande.
Carvalho contou que, ao chegar na aeronave, ela já havia sido aberto pela equipe que ficou responsável por romper as portas. Em relação à ordem em que encontrou as vítimas, Carvalho relatou que, em primeiro lugar, viu o produtor e, em segundo, a cantora.
O médico verificou a ausência de sinais vitais no produtor e, em seguida, percebeu que Marília também estava sem vida. Nesse momento, o médico passou a se preocupar com a importância da preservação das imagens das vítimas, em respeito a todos que estavam na aeronave.
Kleyton afirmou que aquele atendimento ficará, para sempre, em sua memória, visto que era fã incondicional da cantora: “Quando eu estava ao lado de Marília Mendonça, verificando os sinais vitais, eu estava em frente a um ídolo meu e, acima de tudo, a mãe de uma família. Ali não tinha só Marília, tinham pais de família, sonhos”.
Estado dos corpos das vítimas
Carvalho detalhou, ainda, como estavam os corpos das vítimas, quando entrou na aeronave. Segundo o médico, nenhuma das pessoas envolvidas no acidente tiveram fraturas expostas ou visceração de órgãos (quando órgãos saem da cavidade). Kleyton narrou que Marília “estava meio que sentada na poltrona, flexionada para frente”. Já seu tio, estava no centro da aeronave.