Globo é condenada em caso da queda do avião da Chapecoense e terá que pagar R$ 300 mil

Filho de cinegrafista morto na tragédia entrou na justiça contra a emissora e ganhou a ação.

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O cinegrafista da Globo, Ari Júnior (1968-2016), foi umas das 71 vítimas do trágico acidente do avião que levava o time da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana no dia 28 de novembro de 2016. Ele foi funcionário da emissora por quase duas décadas e estava no voo com outros 3 contratados da Globo, o produtor Guilherme Van Der Laars e os repórteres Laion Espínola e Guilherme Marques.

Desde a morte do cinegrafista, Alisson Carlos Araújo Silva, filho de Ari, luta contra a Globo na Justiça para receber a indenização que tem direito. A emissora chegou a um valor em maio de 2017, mas descontou a quantia de R$ 196,124,53 relativos ao Imposto de Renda.

Acreditando ser dever da própria Globo arcar com todos os pagamentos tributários, Alisson acionou os advogados Marcelo Pacheco de Brito Júnior e Matheus de Oliveira Costa para tentar na justiça receber o valor integral da indenização a que tem direito.

O juiz Erick Scarpin Brandão, que julgou o caso na 28.ª Vara Cível do Rio de Janeiro, foi favorável a Alisson em sua sentença e viu como má-fé da Globo o não pagamento do valor combinado anteriormente.

A emissora foi condenada a pagar a quantia de R$ 302.075,42, além de todas as despesas que Alisson teve com advogados durante todo o processo.

Dentre as 71 vítimas do voo da Chapecoense estão quase todos os atletas que faziam parte do elenco do clube na época. Somente os zagueiros Neto e Alan Ruschel, além do goleiro Jackson Follmann sobreviveram à queda. Grandes nomes da imprensa brasileira também pereceram no acidente.