Toda a polêmica envolvendo as falas de Antônia Fontenelle sobre o DJ Ivis, em julho, parece estar bem longe de acabar. A atriz e youtuber foi intimada pela 16ª DP (Barra da Tijuca) para prestar depoimento em um inquérito aberto para apurar se houve preconceito de raça e cor nas falas de Fontenelle em suas redes sociais.
O inquérito foi aberto pela Polícia Civil da Paraíba após a atriz publicar um vídeo no dia 12 de julho falando sobre as agressões do DJ Ivis contra sua ex-mulher, Pamella Holanda, utilizando termos considerados homofóbicos e sendo bastante criticada nas redes sociais. Fontenelle se referiu ao músico como “paraíba’ e justificou-se como sendo uma expressão para quando alguém faz uma “paraibada”.
O crime de preconceito contra cor e raça é previsto no artigo 20 da lei 7.716/89 do Código Penal, e consiste em induzir, praticar ou incitar a discriminação, ou preconceito de cor, etnia, raça, religião ou procedência nacional. Além disso, pode levar a multa e pena de reclusão de um a três anos.
O procedimento foi aberto no dia 15 de julho após solicitação do delegado Pedro Ivo, que atua na 1ª Delegacia Seccional da Polícia Civil da Paraíba, para apuração dos fatos. Antônia Fontenelle deve ser ouvida na manhã de sexta-feira (20) pelo delegado Leandro Gontijo de Siqueira Alves, responsável pela coleta de informações
Segundo informações da 16ª DP, o objetivo do inquérito é apurar as falas supostamente xenofóbicas feitas por Antônia Fontenelle em suas redes sociais. Ainda ressaltou que as expressões utilizadas por ela, nos vídeos que estão sendo investigados, aparentemente se enquadram na conhecida lei do racismo, que prevê penalização para condutas criminosos para todos os timos de intolerância.