Deputada federal, pastora evangélica e cantora gospel, Flordelis está na mira da polícia desde junho de 2019, quando o marido dela, o pastor Anderson Torres, foi morto a tiros ao chegar à casa onde moravam, no Rio de Janeiro. O crime chocou o Brasil e passou a ser investigado.
Inicialmente, a principal hipótese era de roubo seguido de morte, mas conforme a investigação avançou, Flordelis passou a ser vista com suspeita pela polícia e foi apontada como mandante do crime. Ela sempre negou as acusações.
Eleita deputada federal em 2018, Flordelis contava com a imunidade parlamentar e não podia ser presa. Deputados só podem ser presos em caso de flagrante em crimes inafiançáveis. Nesta quarta-feira (11), porém, o caso sofreu uma grande reviravolta.
O plenário da Câmara dos Deputados votou pela cassação de Flordelis. Foram 437 votos a favor da cassação – eram necessários 257 – sete contrários e 12 abstenções. A parlamentar, que já estava sem partido, agora fica também sem mandato.
O relator do processo foi o deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que apresentou parecer favorável à cassação do mandato de Flordelis. A ampla maioria dos parlamentares o seguiram.
Flordelis pode ser presa
Na prática, a cassação do mandato de Flordelis muda muita coisa no processo. A principal delas é que Flordelis pode ser presa preventivamente, já que não tem mais o mandato de deputada federal. Antes da votação, a agora ex-deputada entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), mas a ministra Cármen Lúcia negou o pedido.