Nesta sexta-feira (30), uma reportagem do UOL, reproduzida no portal Splash, e assinada pelo jornalista Breno Boechat, mostram detalhes minuciosos de um golpe que envolveu grandes nomes da música. A Delegacia de Defraudações e Falsificações de Fortaleza (DDF) já está próxima do fechamento do inquérito.
A polícia faz uma investigação que dá conta de um golpe que envolve o nome de grandes artistas da música nacional. A DDF destaca que um grupo de golpistas seria o responsável pela criação de perfis falsos que se passavam pelo cantor Wesley Safadão e também pelo famoso produtor Dudu Borges. O objetivo era enganar músicos locais com promessas falsas e tentadoras no Ceará.
De acordo com a polícia, a grande vítima do golpe foi a artista Giselle Café, de 40 anos, que atua há pelo menos 20 anos no meio musical, apresentando-se em casamentos e demais eventos sociais. Enquanto isso, a polícia aponta que a principal suspeita do golpe é Yaná Torres, que teria, segundo apontou investigação da polícia, se passado pelo empresário e produtor Dudu Borges.
Vale destacar que Yaná Torres é uma antiga parceira de Giselle Café e principal suspeita de gerir o golpe pelas redes sociais. “Ela se aproveitou do meu sonho e de um momento de fraqueza meu para me prometer o mundo, mas era tudo mentira”, disse Giselle em entrevista ao Splash.
Grupo praticava golpes contra pequenos artistas
Até o momento, Yaná foi a única do grupo que teve o nome revelado. A polícia acredita que pelo menos outras três pessoas estão envolvidas no caso. A suspeita chegou a ser presa em flagrante no dia 21 do mês vigente, mas acabou solta mediante ao pagamento de fiança. Para não atrapalhar as investigações, a polícia evita divulgar os demais nomes dos supostos golpistas.
Segundo o delegado Andrade Júnior, responsável pela investigação, Yaná teria combinado com Giselle de receber R$ 20 mil. O dinheiro seria utilizado para transferir para Dudu Borges. De acordo com o delegado, o grupo de quatro suspeitos devem ser indiciados por falsificação ideológica, formação de quadrilha e estelionato. A polícia acredita que o grupo era bastante organizado e utilizava as redes sociais para enganar artistas.
Perfis falsos são criados com nomes de famosos
O falso produtor indicava a Giselle os nomes de Wesley Safadão, Padre Fábio de Mello e Luan Santana para integrar o projeto, o que, cada vez mais, animava a artista local. O perfil fake então aumentava as expectativas de Giselle. Para convencer a vítima, Yaná mostrou uma procuração com o nome de Dudu Borges, que a autorizava a receber os valores por ele. De acordo com as investigações do DFF, a procuração era “claramente falsa”.