A morte do ator Paulo Gustavo, de 42 anos, deixou o país em completa comoção na última semana. Depois de quase dois meses lutando pela vida, o artista que havia contraído Covid-19 em março, acabou não resistindo às complicações provocadas pela infecção e teve óbito confirmado às 21h12 da terça-feira (4).
Durante o longo período internado no Hospital CopaStar, no Rio de Janeiro, Paulo Gustavo foi submetido a procedimentos cirúrgicos e oscilou em seu quadro clínico. Na unidade hospitalar, o humorista também fez uso do ECMO, uma espécie de pulmão artificial, e chegou a acordar dias antes de ter piora irreversível e não resistir. Na oportunidade, ele ainda chegou a interagir com familiares e a equipe médica.
Sem comorbidade
Responsáveis pelo atendimento do ator durante quase dois meses, os médicos revelaram uma informação que contradiz o que chegou a ser especulado como agravante ao quadro clínico dele.
Em entrevista ao programa “Fantástico”, da TV Globo, no último domingo (9), o médico Fábio Miranda disse que Paulo não se encaixava em nenhum grupo de risco da Covid-19, informando que o quadro de asma que o artista tinha estava controlado há anos e era leve, não tendo ligação direta na infecção do coronavírus que levou o humorista à morte. “Não. Não tinha nenhuma doença”, disse de forma enfática o profissional de saúde.
Evolução intensa
Segundo Fábio, o caso de Paulo Gustavo é um grande exemplo de como a Covid-19 pode ser agressiva, uma vez que a situação do humorista piorou de forma drástica em um curto intervalo de tempo.
“Nos primeiros dias de infecção, Paulo foi ao hospital três vezes para fazer tomografias. Na primeira, tinha menos de 10% dos pulmões comprometidos; na segunda, 25%; e na terceira, 75% dos pulmões já estavam acometidos”, disse o médico, informando ainda que tudo isso se deu em um intervalo de uma semana.