Marcos Oliveira, que viveu o Beiçola em A Grande Família, vem enfrentando, há algum tempo, sérios problemas financeiros.
O ator, de 69 anos, está longe do teatro e da televisão já faz mais de um ano e vive recluso em sua casa, contando com a companhia apenas de suas três cachorras. Ele quer voltar ao trabalho o mais rápido possível para não ter que ficar dependendo de empréstimos, ajuda de amigos e doações.
Segundo ele, a situação está muito difícil, e para pagar as contas é necessário arrumar trabalho e embora precise de ajuda, não gosta nada dessa coisa de “esmola”. Há um amigo, que residente em Portugal, que tem lhe mandado dinheiro e algumas pessoas estão colaborando, pois suas economias acabaram e, no momento, está sem nada.
Ele também afirma que após os 60 anos, há uma espécie de guilhotina, que acaba com a existência de qualquer um e os papéis vão se tornando cada vez mais raros, pois os personagens de velhos são os mesmos de 50 a 80 anos atrás e, na atualidade, os velhos são dinâmicos, querem paquerar, dançar e produzir alguma coisa.
Nos palcos, seu último trabalho foi o monólogo Evolução, que ele mesmo escreveu.
Marcos nasceu em Santo André, região do ABC paulista e estreou na TV em 88 na novela “Vale Tudo” e também atuou em “A Viagem” e “Salsa e Merengue”. Já ultrapassou a marca de mais de trinta trabalhos entre teatro, cinema, programas humorísticos, novelas e séries.
Durante os treze anos em que tomou parte em A Grande Família, nos bastidores, sempre foi excluído pelos demais atores, mesmo seu personagem fazendo grande sucesso e era visto como “um coitado” por causa das dificuldades financeiras que passava na época devido aos seus problemas de saúde, alguns deles em decorrência de traumas de infância, pois, aos sete anos, sofreu violência sexual por parte de um irmão mais velho.