Sete meses após ter sido desligada do SBT, a jornalista Rachel Sheherazade busca na Justiça o recebimento de direitos trabalhistas que podem chegar a R$ 30 milhões. De acordo com reportagem do UOL, a ex-âncora do Jornal do SBT alega, em processo trabalhista que corre na 3ª Vara do Trabalho de Osasco, que era contratada como pessoa jurídica pelo SBT, mas que realizava atividades inerentes a um funcionário comum, contratado como pessoa física.
O processo afirma que a jornalista recebia um salário mensal de R$ 200 mil, mais um auxílio moradia no valor de R$ 30 mil mensais. O objetivo de Rachel é que o SBT pague-lhe os direitos trabalhistas individuais previstos na CLT pelos onze anos em que ficou contratada pela emissora, período em que ela dispunha de um contrato de pessoa jurídica.
Ainda de acordo com o UOL, o advogado de Rachel declarou a coluna NaTelinha, que o caso é a “famosa Fraude Trabalhista – Pejotização”. Ele aguarda o transcorrer da ação para que a cliente possa obter todos os seus direitos através da justiça trabalhista.
A soma de todos os direitos trabalhistas provenientes de onze anos de trabalho na emissora, mais as indenizações podem chegar a R$ 30 milhões. O SBT não se manifestou sobre o caso e geralmente não tem o hábito de comentar casos em particular de ex-funcionários, como foi o caso do repórter Rodolfo, que também processou a empresa no passado. A audiência de conciliação do processo está agendada para setembro.
Coincidência ou não, Rachel foi dispensada do SBT um mês antes de seu contrato vencer, em setembro de 2020. Na época, a dispensa foi justificada como um dos muitos cortes que a emissora fez para se manter em funcionamento durante a pandemia. Vale lembrar que o SBT dispensou vários apresentadores e atores, incluindo o elenco da novela Poliana Moça, que estava em gravação e foi paralisada por causa da pandemia.
Já Rachel, chegou a declarar que sua demissão teria motivação política, após ela fazer uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro, durante a apresentação do telejornal.