Criado em abril do ano passado para ser uma “válvula de escape” da economia nacional e uma ajuda para milhares de brasileiros em tempos de pandemia do coronavírus, o Auxílio Emergencial teve o seu calendário de pagamentos encerrado no último mês.
Diante de uma segunda nova onda da Covid-19 no país, os beneficiários alimentam a esperança de uma nova extensão do programa nos primeiros meses de 2021. Apesar da franca movimentação de parlamentares nos bastidores do Congresso Nacional, com alguns projetos sendo protocolados pedindo a extensão do benefício, o governo federal já deu diversos sinais que não pretende continuar com os pagamentos em 2021.
Nesta sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro concedeu entrevista exclusiva ao programa “Brasil Urgente”, da TV Bandeirantes, e falou sobre o assunto com o apresentador José Luiz Datena. Segundo o chefe do Executivo, o país não tem condições de retomar o programa, e destacou que a inflação poderia aumentar significativamente se isso ocorresse.
“A gente não aguenta continuar pagando o auxílio emergencial”, afirmou o presidente.
Bolsonaro ainda foi enfático ao afirmar que mesmo diante da elevação dos casos da Covid-19 em solo nacional, os brasileiros abaixo da faixa dos 50 anos podem trabalhar “sem problema nenhum”.
“O resto tem que continuar a trabalhar porque a vida continua”, pontuou o chefe do Executivo.
Polêmica com Doria
Ainda na entrevista, Bolsonaro rebateu as críticas feitas pelo governador de São Paulo, João Doria, que detonou a postura do presidente frente à pandemia, classificando-o como um “facínora”.
“Ele quer jogar a responsabilidade para cima de mim? Será que ele tem coragem, que homem ele não é, nós sabemos que esse pilantra não é homem”, disparou Bolsonaro.