O comediante Léo Lins, que faz parte do elenco do programa The Noite com Danilo Gentili, está sendo acusado de práticas preconceituosas pela Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj). Tudo começou após o artista fazer uma piada no Programa Pânico da última terça-feira, dia 17, comparando os gestos que os judeus fazem diante do Muro das Lamentações como o gestual das pessoas com autismo.
“Fiquei preocupado em não poder fazer nenhuma característica do autista quando fui a Israel. Cheguei lá e vi um monte de judeus balançando e falei ‘vão ter que cancelar os judeus’, Hitler até tentou”, disparou no programa. Após a brincadeira, Léo Lins virou réu em um processo.
Em entrevista concedida ao F5, o advogado Ary Bergher, que representa a Fierj, declarou que as piadas de cunho preconceituoso contra os judeus são reincidentes em se tratando do humorista Léo Lins. Ele acredita que não há como se falar em questão de liberdade de expressão quando se está incitando pessoas à prática discriminatória.
Em outro momento de sua entrevista, Léo Lins chega a ser comparado ao ditador Adolf Hitler, responsável por uma perseguição em massa de judeus ao longo das décadas de 1930 e 1940. “Sob o mando de fazer piada, ele incute subliminarmente a discriminação racistas com os mesmos parâmetros e iniciativas que foram utilizados por Adolf Hitler, tanto que quanto Hitler inicia o genocídio, começa pelos deficientes mentais”, recordou.
Léo Lins é conhecido em todo o país por suas piadas pesadas. Ele é um dos principais expoentes deste tipo de humor, fazendo apresentações de stand-up em todo o país, além da participação diária no talk-show do SBT.