O Jornal Nacional de ontem exibiu um momento de luto da TV Globo. William Bonner comunicou aos telespectadores a morte de uma grande atriz da maior emissora do Brasil. A morte já havia sido anunciada horas antes e repercutia bastante nas redes sociais.
“Morreu no Rio de Janeiro, aos 73 anos, a cantora e atriz Jane di Castro. Ela era carioca e fez parte de uma geração pioneira que combateu o preconceito contra os travestis e conquistou espaço para os artistas LGBT”, disse o âncora do principal telejornal da TV brasileira.
Bonner disse ainda que Jane di Castro começou a trabalhar como cabeleireira e depois migrou para os palcos. Durante a ditadura militar (1964-1985), Jane afirmou que foi torturada por sua atuação artística. O último trabalho na Globo foi na novela A Força do Querer, que está sendo reprisada na faixa das 21h.
Bonner é criticado no Twitter
Após William Bonner noticiar a morte de Jane di Castro, o jornalista foi criticado nas redes sociais. O trecho em que ele diz que a atriz e cantora combateu o preconceito contra os travestis não foi bem aceita por algumas pessoas que assistiam ao Jornal Nacional.
AAAAAAAAAAAAAAAAAA travesti por que:
– É uma identidade de gênero feminina.#JN— Geraldo (@geraldopost) October 24, 2020
“William Bonner tratando travesti no masculino e vocês acham estranho eu querer morrer?”, comentou uma internauta no Twitter. O correto, de acordo com os críticos, seria Bonner dizer “as travestis”. Talvez o jornalista tenha apenas seguido o manual de redação da Globo.
Um exemplo da aplicação do manual de redação diz respeito aos clubes italianos. Em outros veículos de comunicação, alguns times italianos aparecem depois do artigo “A”: A Juventus e a Inter de Milão. Na Globo, porém, é usado o artigo “O”: O Juventus e o Inter de milão.