Símbolo sexual e polivalente nas telinhas, onde figurou como atriz e também apresentadora do programa Fantástico, da TV Globo, Leila Cravo morreu no último dia 5 de agosto. Também escritora e empresária, ela faleceu no anonimato, tanto que a notícia sobre a sua morte está na mídia quase dois meses depois do ocorrido. Leila deixa uma filha e parte aos 66 anos.
Leila Cravo estreou como atriz nos anos 1970, em novelas, e ficou conhecida no cinema por interpretar personagens notáveis, além de ter apresentado o programa dominical da emissora carioca.
Polêmica
Segundo a coluna de Ancelmo Gois, no ano de 1975, Leila Cravo foi vítima de espancamento e estupro por três anos, fato ocorrido no Motel Vips, um dos acusados era ministro do Estado da ditadura militar, que nunca teve o nome divulgado por ela. A atriz sofreu politraumatismo craniano após receber uma coronhada de revólver.
Leila foi encontrada dentro de um lençol na rua em enfrente ao motel, apresentando convulsões, e com um papel nas mãos, como se ela tivesse tentando tirar a própria vida, versão que nunca foi confirmada. Na época, o caso foi amplamente repercutido em todos os principais jornais do país.
A atriz dizia ter contado tudo para a polícia. Entretanto, na capa dos relatórios oficial, foi retratada uma foto apresentando uma espécie de suicídio, que teria sido motivado pelo término de um relacionamento com um homem casado.
Leila utilizava a maior parte do seu tempo atual para cuidar da neta de 11 anos. “É a coisa que eu mais curto fazer. Amo. É a única certeza de que eu não vou morrer. Vai ficar uma Leilinha aí”, dizia a atriz e apresentadora.