Suspeito de praticar lavagem de dinheiro, padre Robson sofre primeira ‘punição’ após polêmica

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Envolto na polêmica de suspeita de lavagem de dinheiro de donativos de fiéis, o padre Robson teve a sua primeira “punição” anunciada no último domingo (23). O religioso, que já havia pedido o afastamento de suas funções na Santuário Basílica do Divino Pai Eterno e da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), recebeu uma suspensão do arcebispo metropolitano Dom Washington Cruz, e não poderá realizar celebrações enquanto as investigações estão ocorrendo.

O religioso é alvo de uma investigação do Ministério Público por supostos desvios de dinheiro de doações para comprar apartamentos, fazendas e casas na praia, entre outros artigos de luxo. Reitor da Afipe, padre Robson continua se defendendo das acusações feitas em seu nome.

Em nota publicada à imprensa, a arquidiocese afirma que o objetivo do afastamento é “tutelar os fiéis e garantir a imparcialidade das investigações”. 

Cifras bilionárias

Intitulada de Vendilhões, a operação aponta que nos últimos 10 anos, a Afipe movimentou cerca de R$ 2 bilhões. Nas investigações, o MP tenta apurar se R$ 120 milhões foram utilizados para outros fins que não seja para atividades religiosas.

O decreto da Arquidiocese de Goiânia que suspendeu os direitos do padre de realizar celebrações diz que a medida é devido à “necessidade de prevenir escândalos, garantir o curso da Justiça e tutelar a fé, bem como investigar as acusações realizadas contra o padre Robson de Oliveira”. 

Em entrevista concedida ao Fantástico neste domingo (23), padre Robson voltou a negar as acusações, e afirmou não ter nenhuma propriedade em seu nome. Após o caso vir à tona, o religioso já havia publicado um vídeo em suas redes sociais, setor onde é muito influente, rechaçando as acusações.