Homicídio, associação criminosa, envenenamento e mais: os crimes que poderiam levar Flordelis para atrás das grades

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A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro concluiu que a deputada Flordelis, viúva do pastor Anderson do Carmo, morto em junho de 2019, foi a mandante do crime. Uma operação batizada de “Lucas 12” prendeu na manhã desta segunda-feira, 24 de agosto, nove pessoas que podem ter envolvimento no crime que abalou o país.

A deputada, por ter o privilégio do foro parlamentar não pode ser presa, mas responderá pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso. O inquérito concluiu que Flordelis já teria tentado matar o marido pelo menos por quatro vezes – uma delas com veneno na comida.  

Pelo envenenamento, ela responderá por tentativa de homicídio. 

O delegado responsável pela operação, Allan Duarte, disse que Flordelis contruiu um “enredo” para chegar à Câmara e construir sua igreja. “A investigação demostrou que toda aquela imagem altruísta e de decência era apenas um enredo para alcançar a posição financeira e política. Depois que ela alcançou esse objetivo principal de chegar à Câmara dos Deputados, ela colocou em prática esse plano criminoso intrafamiliar”, disse. 

A operação “Lucas 12”

“Lucas 12” faz referência a uma passagem bíblica onde o apóstolo lembra uma das falas de Jesus para uma multidão.

“Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”, disse Jesus.