Gerson de Souza foi denunciado na Justiça pelo crime de importunação íntima. As vítimas seriam quatro jornalistas, cujos nomes não foram identificados, e os casos teriam ocorrido nos bastidores do ambiente de trabalho do Domingo Espetacular, a revista eletrônica semanal da RecordTV, transmitida nas noites de domingo.
A ação foi protocolada pela promotora de Justiça Maria do Carmo Galvão de Barros Toscano, do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), na última segunda-feira (3). Tais informações foram inicialmente apuradas pelo colunista Daniel Castro, do Notícias da TV. Uma vez que Gerson seja condenado, o veterano repórter da televisão pode pegar duras penas, atingindo a casa dos cinco anos de prisão.
A investigação policial foi aberta em maio do ano passado. Na ocasião, 12 mulheres foram atrás do departamento de Recursos Humanos da RecordTV, reclamando dos assédios sofridos por parte de Gerson. O repórter é acusado de desferir palavras maliciosas e causar constrangimentos com toques físicos indevidos.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, as investigações concluíram que as práticas se perpetuam há anos. Nove testemunhas confirmaram os depoimentos das quatro vítimas. Uma delas trabalhou como estagiária na RecordTV, e o caso foi registrado pela polícia no ano de 2016.
Gerson de Souza nega todas as acusações
O jornalista está afastado de suas funções desde o mês de maio do ano passado, mas continua recebendo os seus salários. A RecordTV afirma que aguardará a conclusão das investigações para tomar as medidas definitivas.
Gerson de Souza nega todas as acusações. Ele diz ser vítima de uma espécie de “revanchismo”, e lamenta o fato de sua carreira e vida pessoal estarem em risco por conta das denúncias que afirma serem falaciosas. O profissional da imprensa salienta que está convicto que o trabalho investigativo das autoridades mostrará que é ele quem está com a razão.
O repórter acrescenta que a sua conduta nos 42 anos de trabalhos prestados ao jornalismo sempre foram marcados por grande respeito, tese que pode ser comprovada pelos seus vários colegas de imprensa ao longo destes anos. “Sou pai de cinco filhas e avô de quatro netas e é essencial para mim que mulheres tenham um ambiente de trabalho seguro”, salientou.