Nesta quinta-feira (23), a jornalista Ellen Ferreira, da Rede Globo, que já apresentou o Jornal Nacional, foi convocada para uma reunião na sede da emissora em Roraima. Ela estava na expectativa de que iria retornar ao trabalho, tendo em que vista que foi obrigada a se afastar do trabalho por ter contraído o novo coronavírus no ínicio deste mês.
No entanto, segundo informações do colunista Leo Dias, do Jornal Metrópoles, a expectativa da jornalista foi frustrada. Ao chegar na emissora, ela foi direcionada para uma sala de reuniões, local onde já se encontrava toda documentação para que fosse efetuada sua demissão.
Na entrevista concedida ao colunista, Ellen apontou o motivo de sua demissão, ela denunciou um diretor de jornalismo da emissora, responsável por assediar não só ela, mas diversos outros funcionários.
Jornalista não poupou críticas ao diretor
Em um relato bastante expositivo, a jornalista não poupou críticas ao diretor, considerado por ela um verdadeiro psicopata, com diversos tipos de preconceitos em relação às pessoas, marcados pela homofobia, racismo e gordofobia: “Edison Castro é um psicopata que já havia passado pelas redações de Goiás, Maranhão e Tocantins. Homofóbico, racista, gordofóbico […]”, desabafou.
Ellen disse que era, constantemente, atacada pelo diretor, o que a fez desenvolver crises de ansiedade. Ela chegou a comparar as atitudes de Edison Castro com as do polêmico João de Deus: “Ele dizia que eu era repugnante, gorda, que me vestia mal. Me ameaçava de demissão constantemente. A fama dele era de o João de Deus da redação. Havia gente que desejava bater nele”, relatou.
Sonho interrompido
A jornalista disse que iria apresentar o Jornal Nacional por mais duas vezes durante esse ano, mas acabou tendo sua carreira interrompida com a demissão.