O Cidade Alerta, transmitido pela Record, está envolvido em uma grande polêmica. O noticiário comandado por Luiz Fernando Elui Bacci exibiu a imagem de um homem como suposto acusado de ter cometido um crime. Poucas horas depois, o sujeito foi assassinado na região onde mora, causando grave repercussão negativa para a emissora do bispo Edir Macedo.
Polícia investiga jornalistas da Record
Após o incidente, a Polícia de São Paulo instaurou inquérito para apurar o ocorrido. Informações apuradas pelo jornal Folha de S. Paulo apontam que o homem apresentado no Cidade Alerta como suspeito, na verdade, não era suspeito de nenhum crime.
Já os agentes da polícia informaram que só foram procurados por produtores do programa policial quando a matéria já estava no ar, com uma série de informações imprecisas. A exposição do rosto do suspeito, embora com borrões, foi transmitido pelo Cidade Alerta como tendo provável relação com o assassinato da jovem Priscila Martins, de 18 anos.
Problemas na reportagem
A polícia cita uma série de problemas com a reportagem do Cidade Alerta. A começar, ainda não se sabe se a jovem está morta. Priscila está desaparecida, e um corpo encontrado carbonizado pode ser o seu. Ainda são necessários testagens de DNA para apurar a real identidade, o que deve sair nos próximos dias.
“Ainda não temos autorização para mostrar sem esse borrão. Mas quem conhece esse homem já passa informações para a polícia. Quem é amigo desse homem sabe quem é”, disse Bacci, ao exibir o rosto do possível suspeito com borrões, por falta de autorização da polícia.
“Por favor, não façam justiça com as próprias mãos. Até porque ele é investigado. (…) Sabe alguma coisa dele? Sabe onde mora? Não tome você alguma medida já procurando ele direto. Não se arrisque. Conte para a polícia”, pediu o apresentador na sequência. O apelo não foi suficiente, e o homem apontado com suspeito do crime acabou sendo ele vítima de outro assassinato.