Neste domingo (05), o Fantástico, da Rede Globo, exibiu uma entrevista exclusiva com Sari Corte Real, ex-patroa de Mirtes, mãe do menino Miguel, que morreu ao cair do 9º andar de um prédio, em Pernambuco. A primeira-dama de Tamandaré (PE) narrou sua versão sobre os fatos e respondeu às perguntas da repórter Beatriz Castro.
Logo no início da entrevista, gravada em meio ao isolamento social, a jornalista informou que por opção, Sari decidiu não usar a máscara, diferente da equipe de jornalismo da Globo que optou por seguir as normas de proteção contra o novo coronavírus.
Com tudo devidamente esclarecido ao público, Beatriz questionou o motivo de Miguel ter se dirigido ao elevador. Sari respondeu que o menino decidiu ir atrás da mãe, e que fez o possível para que a criança desistisse da ideia, porém sem sucesso, segundo ela.
Saria ainda reafirmou que não apertou o botão do elevador e ajudou nos primeiros socorros ao menino, permanecendo no hospital por algumas horas na companhia de Mirtes. Questionada se teria retornado para continuar fazendo as unhas, a primeira-dama negou que tivesse tomado tal decisão.
Sari afirmou que se pudesse voltar no tempo teria feito tudo diferente, mas que no dia da tragédia com Miguel não conseguiu impedir o menino de usar o elevador por nunca ter repreendido a criança, afirmando que sempre pedia que a mãe ou avó de Miguel tomassem as decisões sobre o menino.
Por fim, Sari foi questionada se teria temor em ser presa e foi categórica ao dizer que “não”. Sobre uma possível condenação a ex-patroa de Mirtes desabafou: “Eu acho que está na mão da Justiça, não cabe a mim, não cabe à mãe de Miguel julgar, não cabe à sociedade. Cabe à Justiça. Eu vou aguardar o que a Justiça decidir.”
Se condenada pela Justiça, Sari pode receber uma pena de quatro até 12 anos de prisão por abandono de incapaz.