A situação do apresentador Marcão do Povo nos bastidores do SBT tornou-se um ponto de tensão após desdobramentos de um processo judicial. O caso refere-se a ofensas proferidas contra a cantora Ludmilla em 2017, época em que o comunicador ainda trabalhava na Record.
O jornalista utilizou o espaço do telejornal Primeiro Impacto para agradecer à emissora e à família Abravanel por um resultado favorável na Justiça. Tal atitude gerou desconforto imediato na cúpula da empresa, que não esperava a exposição do tema pessoal em sua grade de programação e o clima esquentou nos bastidores do SBT.
Daniela Abravanel Beyruti, presidente da emissora, afirmou publicamente que o ocorrido não possui vínculo direto com as operações atuais do SBT. A executiva ressaltou que o agradecimento ao vivo foi visto como uma empolgação momentânea do funcionário, sem autorização prévia.
Reações da diretoria e clima interno
Segundo informações do colunista Flávio Ricco, o clima nos corredores da emissora é considerado delicado e instável após o episódio. A insatisfação teria crescido porque o comunicador vinculou a imagem da empresa a uma polêmica antiga ocorrida em uma concorrente.
Relatos indicam que a postura do apresentador foi interpretada como um problema de gestão interna e ética profissional. A ausência de consulta aos superiores antes do pronunciamento oficial agravou a percepção de desgaste entre os colaboradores.
Pressões e posicionamento oficial
Avaliações internas sugerem que a continuidade do apresentador enfrenta resistências devido a pressões externas vindas inclusive de Brasília. O desgaste é monitorado de perto pela diretoria, que avalia o impacto da repercussão negativa para os anunciantes e para o público.
O diretor de Jornalismo do SBT, Leandro Cipoloni, negou formalmente qualquer movimentação para o desligamento do profissional de seus quadros. Apesar das negativas oficiais, a crise permanece sob observação enquanto o apresentador segue no comando de suas funções habituais.
