O jornalista Heraldo Pereira entrou em um plantão da TV Globo, antes do início do Jornal Nacional, na noite de sexta-feira, 26 de dezembro. Coube ao apresentador anunciar ao país a morte de uma das maiores referências da cultura e da religiosidade baiana: Mãe Carmem.
Durante a entrada ao vivo, Heraldo confirmou a informação com sobriedade: “Morre em Salvador Mãe Carmem, ialorixá do Terreiro do Gantois, aos 98 anos”. Mais tarde, já no JN, o jornalista trouxe novos detalhes sobre a trajetória e a importância da líder religiosa.
Heraldo Pereira relata o falecimento de Mãe Carmem no JN
“Mãe Carmen de Oxaguian, ialorixá à frente do Ilé Ìyá Omi Àṣẹ Ìyámase, conhecido popularmente como Terreiro do Gantois, morreu na madrugada desta sexta-feira”, informou Heraldo Pereira. Segundo ele, Mãe Carmem comandava o tradicional terreiro, fundado em 1849, havia mais de duas décadas, sendo uma das figuras mais respeitadas do candomblé no Brasil.
Filha caçula de Mãe Menininha do Gantois, uma das maiores ialorixás da história do país, Carmem estava internada há cerca de duas semanas no Hospital Português, em Salvador, após complicações causadas por uma forte gripe. Nascida em 1926 — embora registrada oficialmente dois anos depois —, ela completaria 99 anos na próxima segunda-feira, dia 29.
Sobre o velório e sepultamento de Mãe Carmem em Salvador
O Jornal Nacional também divulgou informações sobre as despedidas da Mãe Carmem. O velório ocorre nesta sexta-feira, com cerimônia aberta ao público no próprio Terreiro do Gantois. Já o sepultamento está marcado para a manhã de sábado (27), às 11h30, no Cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana.
Em nota oficial, a Associação São Jorge do Engenho Velho (ASJEO) lamentou a perda e destacou o legado deixado por Carmem. O comunicado fez questão de destacar os ensinamentos deixados em vida pela líder religiosa.
