O cantor Lindomar Castilho, conhecido nacionalmente como o Rei do Bolero, morreu aos 85 anos neste sábado (20). A morte foi confirmada pela filha do artista, Lili De Grammont, que usou as redes sociais para comunicar a perda e fazer um desabafo profundo e emocional.
Na mensagem, ela relembrou não apenas a trajetória do pai, mas também a história marcada pela violência que atingiu sua família. Lindomar ficou eternamente ligado a um dos crimes mais chocantes da música brasileira. Em 1981, ele assassinou a cantora Eliane de Grammont, sua segunda esposa, durante uma apresentação em São Paulo. O cantor foi condenado a 12 anos de prisão em 1984 e deixou a cadeia nos anos 1990, após cumprir parte da pena. O episódio marcou de forma irreversível a vida da filha do casal.
O desabafo da filha após morte de Lindomar Castilho
No texto de despedida, Lili falou sobre humanidade, finitude e responsabilidade emocional, sem ignorar o passado do pai. “Meu pai partiu! E como qualquer ser humano, ele é finito, ele é só mais um ser humano que se desviou com sua vaidade e narcisismo”, escreveu.
A filha de Lindomar Castilho também afirmou que, ao tirar a vida da mãe, o cantor morreu em vida, destacando o impacto profundo do crime sobre toda a família. “O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma família inteira”, desabafou Lili.

Lili falou sobre perdão
Ao final do desabafo, Lili De Grammont afirmou que se despede com a consciência tranquila por ter feito o que estava ao seu alcance. A filha do cantor falou sobre perdão de forma complexa e desejou que o pai encontre um caminho de cura. Em tom reflexivo, encerrou a homenagem ressaltando a importância de olhar para dentro, aceitar a própria vulnerabilidade e lembrar que o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes.
