Em uma entrevista concedida ao programa Conversa com Bial, que marcou o encerramento da temporada na última sexta-feira, dia 12, Lulu Santos compartilhou detalhes sobre um momento difícil em sua vida pessoal. No palco do Teatro do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, o cantor aproveitou a pausa em sua carreira para refletir profundamente sobre a recente crise de saúde que o afetou.
Ele revelou ter sido diagnosticado com vasculite, uma doença autoimune rara. O artista relatou que os sintomas iniciais foram repentinos e chegaram a ser confundidos com dengue antes que os médicos identificassem a condição, que é mais comum em crianças.
Lulu Santos descreveu que seu corpo ficou completamente coberto por manchas e que sofreu com dores reumáticas tão severas que restringiram seus movimentos diários. O cantor sublinhou que a perda de movimento representou a parte mais destrutiva daquela época.
Ele descreveu que suas mãos não funcionavam como de costume, gerando impedimentos até mesmo em atividades simples do dia a dia. No auge do problema, a condição se deteriorou de tal modo que Lulu não conseguia se manter em pé, e ele definiu essa experiência como a pior crise de saúde que já encarou. “Do nada, apareci com uma vasculite. Eu tinha manchas pelo corpo inteiro e uma coisa reumática que me fez perder o uso das mãos. Eu não conseguia nem colocar as meias”, declarou.
O afastamento dos palcos
A condição de saúde do artista se manifestou no momento mais movimentado de sua turnê em dez anos. O rápido declínio de seu estado físico forçou duas hospitalizações seguidas, o que levou ao cancelamento de shows e a uma interrupção forçada em sua carreira.
Lulu relatou como foi a experiência de tocar no Rock in Rio enquanto já estava em tratamento. Ele explicou que a forte dose de corticoides usada para controlar a doença alterou bastante sua aparência e prejudicou seu bem-estar geral na época. No mesmo programa apresentado por Pedro Bial, Lulu também abordou o impacto psicológico da crise.
Ele revelou que o episódio o fez enxergar com mais clareza a fragilidade da existência, levando-o a reconsiderar suas prioridades, especialmente após longos anos de intensa visibilidade e ritmo de trabalho. “Durante as crises, eu não conseguia ficar de pé. Foi a pior situação de saúde que passei na vida. O entendimento que tive é que a vida é muito precária”, pontuou.
