Após a morte de Preta Gil, um desejo incomum da cantora veio à tona, revelado por seus amigos e familiares: a intenção de converter parte de suas cinzas em diamantes. Ela considerava essa ideia magnífica, e sua vontade foi concretizada.
O processo foi detalhado em uma reportagem no Fantástico, exibida no domingo (23/11). A inspiração para essa decisão surgiu quando Preta Gil soube da capacidade dos laboratórios de produzir pedras preciosas usando o carbono extraído de cinzas humanas.
Cinzas da cantora se transformam em 12 diamantes
Dessa forma, após a cremação, uma porção das cinzas foi encaminhada a um laboratório em São Paulo, onde foi isolado o carbono necessário. Este composto, então, foi transformado em grafite e remetido à Índia, local onde se finalizou a criação dos diamantes. O resultado foram 12 diamantes, que foram distribuídos entre amigos próximos da artista.
Como funciona o processo
O procedimento de criação dos diamantes a partir das cinzas simula, em pouco tempo, o processo natural que levaria milhões de anos. O químico Dennys Alves esclareceu que o carbono isolado é submetido a temperaturas elevadas, que podem atingir 3.000 graus, e a pressões extremas, comparáveis a aplicar todo o peso do Monte Everest na cabeça de uma agulha. Essas condições resultam na formação do diamante bruto, que é posteriormente lapidado. O preço inicial para uma joia como essa é de R$ 3.800, variando de acordo com o tamanho desejado.
Uma das joias, com 0,3 quilate, foi destinada à família Gil. Para amigos, como Gominho, que descreveu o diamante como inquebrável, simbolizando Preta, o ato possui um profundo significado emocional. Cada diamante vem com uma certificação gravada a laser, reforçando a ideia de que a artista permanece presente e sua memória se irradia.