O sequestro de Eloá Pimentel voltou a repercutir amplamente nesta quarta-feira (12) após a estreia do documentário “Caso Eloá: Refém ao Vivo”, lançado pela Netflix. A produção revisita os quatro dias de cárcere que chocaram o país em 2008 e traz depoimentos inéditos de familiares, especialistas e pessoas próximas à vítima.
Apesar da profundidade do material apresentado, um nome importante não aparece na produção: Nayara Rodrigues, amiga de Eloá e que também foi mantida refém por Lindemberg Alves. Ela estava ao lado da jovem no momento do disparo que tirou sua vida e ainda foi ferida na boca. Desde então, mantém uma vida extremamente reservada.
Nayara evita entrevistas
Nayara, que hoje atua como engenheira, mora no ABC paulista e evita entrevistas desde as audiências do julgamento de Lindemberg em 2012. Em 2018, recebeu indenização da Justiça após falhas policiais que permitiram seu retorno ao cativeiro quando já tinha sido liberada. Nas redes sociais, pessoas próximas relatam que ela segue trabalhando e tentando preservar sua privacidade.
Uma das últimas falas públicas da sobrevivente data de 2008, em entrevista ao Fantástico. Na ocasião, ela comentou suas dificuldades emocionais diante da tragédia. “Às vezes eu me sinto conformada com o que aconteceu com ela, mas às vezes parece que não entra na minha cabeça”, afirmou. A declaração marcou o período pós-sequestro e ainda é lembrada por quem acompanhou o caso.
Nayara não quis participar
Diante da ausência de Nayara no documentário, a diretora Cris Ghattas e a produtora Veronica Stumpf explicaram que procuraram todos os envolvidos, mas respeitaram quem não quis participar. Elas disseram que a sobrevivente considera o tema extremamente sensível e preferiu não revisitar o episódio. A produção reforça que a prioridade foi retratar a trajetória de Eloá com responsabilidade.
