Ator de Round 6, de 81 anos, é acusado por assédio a colega de elenco; Justiça toma decisão

Oh Yeong-su, 81, foi acusado, em 2017 por gesto sem consentimento envolvendo colega.

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O ator sul-coreano Oh Yeong-su, de 81 anos, conhecido pelo papel na série Round 6 (Squid Game), foi absolvido pelo Tribunal Distrital de Suwon, na Coreia do Sul, que anulou a condenação anterior em processo por abuso. A decisão, confirmada pela agência Yonhap, foi proferida nesta terça-feira (11) e reverte o entendimento da primeira instância.

A acusação remontava a 2017 e descrevia um abraço e um beijo sem consentimento durante uma turnê teatral regional. O resultado representa uma mudança no andamento do caso, que vinha sendo acompanhado pelo público desde que o artista se tornou conhecido internacionalmente.

Ator tem sentença anulada pela Justiça

Na sentença agora derrubada, Oh Yeong-su havia recebido pena de oito meses de prisão, suspensa por dois anos. À época, a promotoria chegou a pedir um ano de detenção, mas não manteve a condenação no recurso.

Na análise em segunda instância, a corte indicou haver “elementos de suspeita”, como o fato de a mulher ter buscado aconselhamento para violência sexual e o registro de que o ator apresentou um pedido de desculpas. O colegiado também pontuou preocupação com a possibilidade de que a memória sobre o episódio tenha sofrido distorções ao longo do tempo.

Decisão de segunda instância e fundamentos

Segundo a decisão relatada pela Yonhap, os magistrados consideraram que o conjunto probatório não sustentou, no patamar exigido pelo tribunal, a manutenção da condenação criminal. O processo, iniciado a partir de um episódio ocorrido anos antes, passou por avaliação de depoimentos e registros de atendimentos especializados. A menção aos “elementos de suspeita” foi apresentada no contexto de análise de credibilidade e coerência temporal dos relatos. Com isso, a corte de Suwon optou pela absolvição e pela anulação da pena imposta anteriormente. A mulher que acusa o artista manifestou discordância em comunicado divulgado pela organização Womenlink.