Tremembé: descubra quem foi a presa que planejou a morte de Suzane von Richthofen; cena da rebelião chamou atenção

A produção do Prime Video retrata o momento em que Suzane enfrenta uma das fases mais perigosas de sua vida na prisão.

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A nova série Tremembé no Prime Video reascendeu a discussão sobre um evento de alto risco na trajetória prisional de Suzane von Richthofen (sentenciada pelo assassinato dos pais). O episódio em questão é a rebelião de 2006 na Penitenciária Feminina da Capital (PFC), em São Paulo, onde Richthofen quase foi executada.

Segundo o jornalista Ullisses Campbell, no livro Suzane: Assassina e Manipuladora, a revolta, coordenada pelo PCC, não visava um alvo genérico, mas sim a eliminação de duas detentas específicas: Suzane e Aurinete Félix da Silva (Netinha), esta última tida como traidora por ter se juntado ao grupo criminoso rival, o TCC.

Durante o motim, enquanto Netinha foi resgatada pela administração da penitenciária, Suzane foi cercada. A ordem para matar Suzane e Netinha foi dada por Quitéria Silva Santos, conhecida como a ‘rainha da penitenciária’. A responsabilidade de cometer o assassinato recaiu sobre Maria Bonita, uma detenta baiana que possuía grande influência e era muito temida no presídio.

A relação entre Suzane e Maria Bonita começou de forma interesseira: Maria Bonita se aproximou oferecendo proteção à recém-chegada em troca de favores. Contudo, após ter seus pedidos negados, Maria Bonita passou a ameaçá-la. O livro registra uma das ameaças diretas: “Você sabe que não vai durar aqui dentro, né, amorzinho?”.

22 horas de terror e o reencontro inesperado

Suzane Von Richthofen enfrentou um motim que durou mais de 22 horas na prisão, um período marcado por sequestro de reféns e ameaças de morte intensas. Enquanto as forças de segurança cercavam o local, ela se escondeu em um armário de metal abafado e sem água. Durante o tempo em que esteve confinada, ouvia gritos ameaçadores do lado de fora, incluindo a frase: “Eu sei que você está aí dentro, sua cadela! Vou cortar a sua garganta!”.

O levante só chegou ao fim após a morte de Quitéria, que era a líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e foi fatalmente esfaqueada por outra detenta, causando a desorganização do grupo. Suzane foi retirada do local em estado de choque, mas viva.

Suzane foi transferida para Tremembé

Anos mais tarde, Suzane foi transferida para outra unidade prisional, onde novamente se viu perto de sua rival, a detenta conhecida como Maria Bonita. Campbell descreve que a baiana, que agora se autodenominava emissária de Satanás, voltou a hostilizar Suzane, afirmando que quem mata pai e mãe tem que ir para o inferno o mais rápido possível.

Com medo de um novo ataque, Suzane buscou e conseguiu uma nova transferência, com a ajuda de um promotor. Para a adaptação da história para a televisão, o autor explicou que a série de TV condensou os eventos ocorridos em três presídios em apenas dois, mas manteve a atmosfera de tensão e perigo que pautou essa fase da vida de Suzane.