César Tralli estreou oficialmente como apresentador do Jornal Nacional nesta semana e foi o responsável por anunciar ao vivo a morte de um político. Tralli assumiu o JN na vaga deixada por William Bonner, que migrou para o Globo Repórter.
“Morreu, aos 84 anos, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Dick Cheney”, informou Tralli no telejornal mais assistido da TV brasileira. A informação foi confirmada pela família, que informou que ele faleceu em decorrência de complicações de uma pneumonia.
Cheney, que vivia com um coração transplantado há mais de dez anos, foi uma das figuras mais influentes e controversas da política americana, especialmente durante o governo de George W. Bush. O falecimento aconteceu na segunda-feira (3).
Trajetória de Dick Cheney
O republicano foi vice-presidente entre 2001 e 2009, período marcado pelos atentados de 11 de setembro de 2001 e pela subsequente guerra ao terror, o que lhe rendeu o apelido de arquiteto dessa política global. Cheney foi um dos principais defensores da invasão do Iraque sob a alegação de que o país possuía armas de destruição em massa.
Na época, declarou que todas as evidências disponíveis mostravam que o regime estava acelerando o programa de armas nucleares. Nenhuma dessas armas foi encontrada. Antes de se tornar vice-presidente, Cheney teve uma longa trajetória política.
Cheney era considerado um estrategista militar
Foi o chefe de gabinete mais jovem da história dos Estados Unidos durante o governo de Gerald Ford, deputado federal e secretário da Defesa de George Bush pai, quando comandou ações na Guerra do Golfo. Essa experiência consolidou sua reputação de estrategista militar e o credenciou para ser vice de Bush filho, com grande autonomia na condução das decisões da Casa Branca.