Classificada como uma das maiores apresentadoras da história da televisão brasileira, Hebe Camargo marcou gerações e formou uma legião de fãs e amigos pelo estilo irreverente e único. Passados 13 anos do falecimento da artista, o filho dela, Marcello Camargo, de 60 anos, revelou em entrevista à revista Quem, como lidou com o luto e confidenciou que, quase todas as noites, sonha com a mãe.
Lutando contra um quadro de câncer no peritônio, Hebe morreu aos 83 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória em sua residência na capital paulista. A apresentadora teve os últimos meses de vida em um estágio bem debilitado, com sucessivas complicações. Apesar da dor inicial do luto, Marcello disse que conseguiu contornar o drama vivido, e passou a se conectar com a mãe de outra forma.
“O começo foi muito difícil. Nos primeiros meses tinha aquela sensação de vazio e ausência física. Agora sonho com ela quase que toda a noite e sinto ela perto de mim. Às vezes, brinco que antes eu tinha ela de dia e agora tenho ela ao meu lado de madrugada, já que sonho muito com ela”, conta.
Força para superar
Segundo Marcello, embora a dor da partida de uma figura tão emblemática como a sua mãe seja intensa, e com consequências irreparáveis, ele conseguiu dar a volta por cima, imaginando que Hebe Camargo não aprovaria o fato dele ficar cabisbaixo para sempre com o luto.
“A dor da perda é eterna, uma ferida que não vai curar nunca, mas você aprende a conviver com essa dor e ainda ser feliz. A última coisa que a minha mãe ia querer na vida era me ver cabisbaixo. Ela era alegria e sinto muito ela comigo”, pontuou o herdeiro da apresentadora.
Ação solidária
Seguindo os preceitos e ensinamentos da mãe, Marcello Camargo decidiu separar itens pessoais da apresentadora para colocá-los em leilão, com parte da renda sendo revertida para instituições de caridade. Ainda na conversa com a Quem, ele relembrou que Hebe geralmente chamava as sobrinhas e enchia diversas sacolas de roupas para distribuir, mostrando não ter nenhum apego às coisas materiais. As memórias serviram como inspiração para ele replicar a ação pouco mais de uma década da partida dela.