A novela Três Graças, que estreou há apenas uma semana, já conquistou um feito notável que Vale Tudo não conseguiu em sua exibição recente. Embora ainda seja cedo para avaliações definitivas, a trama escrita por Aguinaldo Silva já demonstra força suficiente para revitalizar o horário nobre da Globo.
Com uma narrativa envolvente e respeito à inteligência do público, a produção conseguiu, em poucos capítulos, devolver à emissora o prestígio que parecia perdido nas últimas produções. Conforme Walter Felix, do Na Telinha, Vale Tudo não conseguiu trazer tal feito.
Força da novela Três Graças
Ainda segundo o colunista, em apenas seis episódios, Três Graças mostrou a que veio, reconquistando a confiança do telespectador e apresentando uma história coerente, sem exageros nem pressa em desenvolver os acontecimentos.
O texto sólido de Aguinaldo Silva revela domínio do melodrama clássico, equilibrando emoção e realismo, enquanto a direção artística de Luiz Henrique Rios traz ritmo, estética e modernidade à narrativa.
Outro ponto que vem chamando atenção é o elenco afiado, liderado por Sophie Charlotte, que entrega uma das atuações mais elogiadas de sua carreira. Sua personagem, Gerluce, simboliza a força feminina em meio às reviravoltas e dilemas morais que movem a trama. Ao seu lado, nomes como Grazi Massafera, Murilo Benício e Andreia Horta completam o núcleo central com atuações consistentes e cheias de nuances.
Qualidade da novela das nove da Globo
O melodrama ressurge em grande estilo, resgatando o prazer de acompanhar uma boa novela. A história avança de forma equilibrada, sem atropelos, valorizando cada detalhe e aprofundando os conflitos humanos.
Entre os momentos mais comentados da semana está o triângulo amoroso entre Zenilda, Ferette e Arminda, um clássico da teledramaturgia brasileira. Mesmo utilizando clichês conhecidos, Três Graças os transforma em cenas envolventes e cheias de emoção, provando que a boa novela ainda tem seu lugar garantido na TV.
