Chegou o grande dia. Vale Tudo chega ao fim nesta sexta-feira (17) prometendo um desfecho tão enigmático quanto explosivo. A pergunta que ecoa desde o início de setembro, quando Carla Bittencourt, colunista do Portal Leo Dias, levantou esta hipótese — Odete Roitman (Debora Bloch) está morta ou viva? — continua sem resposta, e o mistério, guardado a sete chaves pela Globo, transformou a reta final do remake em um verdadeiro fenômeno de especulações.
A equipe da novela mantém absoluto sigilo sobre as cenas finais, e apenas o diretor Paulo Silvestrini e a autora Manuela Dias sabem qual das versões gravadas será exibida nesta noite. Fontes próximas à produção confirmam que múltiplos finais foram rodados, com diferentes desfechos para o assassinato — ou suposto assassinato — da vilã. O nível de segredo é tão alto que nem parte do elenco teve acesso ao corte final.
O retorno triunfal de Odete — ou o crime perfeito?
A teoria mais comentada nos bastidores e nas redes sociais é a de que Odete forjou a própria morte. Nessa versão, a empresária teria arquitetado cada detalhe da trama, escolhendo César (Cauã Reymond) como herdeiro de metade de sua fortuna apenas para gerar o caos entre os Roitman e humilhar Maria de Fátima (Bella Campos). A cena final mostraria Odete viva, a bordo de um jatinho, gargalhando e mandando uma banana para o país — uma inversão icônica do final de Marco Aurélio (Alexandre Nero) na versão de 1988, quando o vilão fugia ileso.
Caso esse final se confirme, a novela encerraria com uma crítica afiada à impunidade dos poderosos, transformando Odete em símbolo máximo da elite brasileira que manipula, destrói e ainda ri por último. Seria, sem dúvida, o desfecho mais ousado — e o mais fiel à alma provocadora da história.
O caminho clássico — e o risco da previsibilidade
Mas também existe uma corrente dentro da Globo que defende um encerramento mais tradicional: Odete está realmente morta, e o capítulo de hoje revelará o verdadeiro assassino entre os suspeitos. A autora Manuela Dias confirmou que a identidade do culpado só será conhecida no ar, ao vivo, sem vazamentos prévios. Nesse cenário, a responsabilidade do crime recairia sobre um personagem improvável, alguém fora da lista principal de suspeitos — talvez Leila (Carolina Dieckmmann), Eugênio (Luis Salem) ou Freitas (Luis Lobianco).
Há ainda a possibilidade mais contida: que o desfecho se mantenha dentro do grupo original de suspeitos — César, Marco Aurélio, Fátima, Heleninha (Paolla Oliveira) ou Celina (Malu Galli) —, entregando ao público um final fechado, coerente, mas sem grandes surpresas.
O veredito que definirá o saldo do remake
Independentemente da escolha, o destino de Odete Roitman decidirá o tom com que Vale Tudo será lembrada. Se Manuela Dias optar pelo risco e pela ironia, o remake pode encerrar com fôlego e conquistar um lugar digno ao lado da obra de 1988. Mas, se o encerramento pender para a previsibilidade, a novela corre o risco de terminar não com o impacto que se esperava, e sim com um gosto de frustração — algo que seria quase imperdoável para uma história movida pela ousadia.
Uma coisa, no entanto, é certa: hoje o Brasil vai parar novamente diante da televisão para responder à pergunta que atravessou décadas e ainda provoca debates intensos — quem matou Odete Roitman? Ou, quem sabe, ninguém matou.