Esse é o único motivo que pode afastar César dos R$ 3 bilhões deixados por Odete em Vale Tudo

A união estável que os dois assinaram garante uma boa grana ao viúvo da vilã.

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Os telespectadores que estão acompanhando a novela Vale Tudo testemunharão nos próximos capítulos uma nova polêmica envolvendo César Ribeiro (Cauã Reymond), o viúvo de Odete Roitman (Débora Bloch).

Após o assassinato da empresária, o modelo se tornará o centro das atenções não apenas por ser um dos principais suspeitos do crime, mas também por uma questão que pode mudar o rumo de sua vida: ele herdará ou não metade da fortuna de R$ 3 bilhões deixada pela bilionária?

A união estável de César e Odete Roitman

A dúvida surge por conta do contrato de união estável assinado entre o casal pouco antes da morte da vilã. O documento, elaborado pela própria Odete, garante ao companheiro 50% de todo o seu patrimônio — uma atitude que surpreendeu até mesmo o herdeiro e provocou indignação entre os familiares da empresária.

O acordo, que consolidou juridicamente o relacionamento entre os dois, foi visto como um gesto de amor, mas agora se tornou o principal ponto de discussão na trama. Afinal, o contrato também coloca César em evidência como possível beneficiário direto do crime, já que sua herança depende inteiramente da comprovação de sua inocência.

A fortuna e o peso da lei

Na história, o montante em jogo ultrapassa R$ 3 bilhões, e a discussão sobre o direito à herança de César ultrapassou a ficção e foi parar entre os telespectadores, que passaram a se questionar se, na vida real, o modelo teria direito legítimo a essa fortuna. Para esclarecer a questão, Márcia Pereira, colunista do Notícias da TV, ouviu o advogado Francisco Gomes Junior, presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e Consumidor (ADDP), que confirmou a coerência jurídica do enredo.

Segundo o especialista, o caso de César é compatível com o artigo 1.725 do Código Civil brasileiro, que equipara a união estável ao casamento civil. “Pela legislação, os direitos são fundamentalmente os mesmos, salvo se houver disposição contratual diferente, o que não foi apontado na novela”, explicou. Assim, o personagem tem, em tese, direito a metade dos bens da falecida, desde que não seja comprovada sua participação no crime.

César só não herda se tiver envolvido com o crime

O advogado também explicou que, conforme determina a lei, 50% dos bens ficam com o parceiro sobrevivente, enquanto os outros 50% são divididos entre os filhos. “Portanto, no caso da morte da Odete (e também na vida real), havendo cônjuge ou parceiro, ele herda metade dos bens, motivo pelo qual se usa o termo viúvo meeiro”, pontuou. A única hipótese que impede essa divisão seria a comprovação de que o beneficiário teve envolvimento direto ou indireto no assassinato, o que o tornaria indigno da herança, conforme previsto em lei.

A sombra da suspeita

Na novela, a situação de César se complica justamente por conta das circunstâncias que cercam o crime. O modelo, que vivia com Odete um relacionamento tão apaixonado quanto conturbado, é apontado pela polícia como um dos principais suspeitos de ter atirado na empresária — ainda que jure inocência. As cenas mostram o personagem tentando se defender diante do delegado Mauro (Cláudio Jaborandy), alegando amor e que “as pessoas são muito preconceituosas” em relação ao seu casamento. Mas sua postura fria e o fato de ter herdado metade da TCA e uma fortuna bilionária apenas alimentam as desconfianças.

Enquanto as investigações seguem, o futuro financeiro de César permanece incerto. Se sua culpa for comprovada, ele perderá todo o direito à herança. Caso contrário, o contrato assinado por Odete será validado, e ele se tornará um dos homens mais ricos do país.