O remake de Vale Tudo, da Globo, vem sofrendo duras críticas por conta da condução confusa e inverossímil de suas tramas policiais. Na reta final, a novela se perdeu em meio a uma sequência de crimes mal planejados, investigações sem lógica e situações que desafiam o bom senso.
O ponto que deveria marcar o auge do suspense — o assassinato de Odete Roitman (Débora Bloch) — acabou se tornando um verdadeiro festival de erros e exageros. Tudo começou a desandar com o atentado contra Marco Aurélio (Alexandre Nero). A intenção era matá-lo, mas o plano falhou e o tiro atingiu apenas seu ombro. Com tantos erros, a trama vira um circo dos horrores, com a emissora passando vergonha em meio à falhas.
Detalhes absurdos de Vale Tudo
O detalhe mais absurdo foi a contratação dos matadores por Odete, que realizou todo o esquema dentro da própria TCA, empresa onde era presidente. Em vez de sigilo, a vilã tratou o crime como uma simples reunião de negócios.
A tentativa de vingança de Marco Aurélio também foi desastrosa. Ele mandou matar Odete, mas o alvo errado acabou sendo um motoboy, morto sem qualquer relevância para a trama. O mesmo aconteceu no episódio do comprimido envenenado, que deveria eliminar o executivo e terminou vitimando Mário Sérgio (Thomás Aquino) por engano — um erro sem peso dramático ou consequência narrativa.
Auge do absurdo na novela das nove da Globo
A morte de Ana Clara (Samantha Jones) marcou o auge do absurdo. Baleada por Odete, ela ainda gravou um áudio revelador, mas Maria de Fátima (Bella Campos) nada fez para ajudá-la. Em seguida, o sequestro de Fátima virou motivo de piada, com cenas mais cômicas do que tensas.
Quando finalmente Odete foi assassinada, o momento mais esperado da novela chegou sem impacto algum. A sequência no hotel ignorou segurança, câmeras e coerência. Agora, a trama tenta reconstruir o quebra-cabeça por meio de depoimentos, mas depois de tantos erros, é difícil levar a investigação a sério.