O ator Ricardo Petraglia comemorou seus 75 anos de maneira singular: com um bolo temático de maconha, aproveitando a ocasião para intensificar sua defesa da planta. Petraglia, que cultiva legalmente em seu sítio em Xerém, no Rio de Janeiro, utilizou o aniversário como palco para criticar a maneira como a discussão sobre a maconha é tratada no Brasil.
Em uma gravação divulgada na quarta-feira (8), o artista se manifestou contra a ênfase exclusiva no termo científico Cannabis medicinal. Para o ator, essa distinção apenas consolida um estigma social, defendendo que o uso do termo popular é fundamental para que o debate sobre a legalização e o uso terapêutico chegue de forma transparente e educativa à sociedade. “O nome da planta é maconha. Tentar dissociar maconha de cannabis medicinal é perpetuar o apartheid da maconha!”, afirmou Petraglia.
Cultivo de Petraglia é legal e apenas para uso pessoal
O cultivo de suas nove plantas é amparado por um habeas corpus judicial, que o autoriza a produzir estritamente para seu uso pessoal. Essa autorização foi necessária depois que Petraglia descobriu que o canabidiol era o único tratamento eficiente para aliviar as dores crônicas que ele sentia após uma cirurgia no quadril.
Petraglia diz que polícia fiscaliza seu cultivo
O ator revelou que a permissão legal que possui tem com regras estritas, incluindo a necessidade de fiscalização policial. Segundo ele, a polícia faz visitas periódicas e sem aviso ao sítio, para se certificar de que o cultivo está em conformidade com o habeas corpus. Petraglia ainda mencionou com humor que aproveita essas ocasiões para tentar ‘amolecer o coração’ dos policiais e educá-los sobre a planta.
Apesar de ser um entusiasta da legalização, Ricardo Petraglia não pode atender aos diversos pedidos de back (gíria para cigarro de maconha) que recebe em suas redes sociais. O artista fez um alerta sobre a seriedade da sua autorização judicial, explicando que o compartilhamento da substância é proibido.
