A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) manteve nesta terça-feira (7) sua posição de que a internação do cantor Hungria, entre 1º e 5 de outubro, no Hospital DF Star, em Brasília, não foi causada por intoxicação por metanol. Essa declaração ocorre mesmo após a divulgação, pela equipe do artista, de um laudo particular que aponta a presença da substância no sangue dele.
Desde que Hungria foi internado com sintomas que sugeriam envenenamento, a polêmica tem sido alimentada pelas versões contraditórias do corpo médico e dos representantes do cantor. O governo do DF alega que os exames feitos no artista e nas bebidas consumidas por ele não confirmaram a contaminação.
Por outro lado, o laudo privado, embora detecte 0,54 mg de metanol por 100 ml de sangue, ressalta que essa concentração é baixa demais para caracterizar intoxicação, sendo 37 vezes inferior ao limite de 20 mg por 100 ml considerado tóxico.
Hungria teve ou não intoxicação por metanol?
Segundo a Secretaria de Saúde, a presença de metanol em níveis baixos não é prova de envenenamento, pois a substância é aceitável em certas concentrações em bebidas alcoólicas e não oferece perigo. Conforme nota da pasta, a identificação de metanol no sangue em valores abaixo do limiar de toxicidade, não pode confirmar intoxicação.
Equipe médica foi parabenizada
O tratamento recebido pelo artista foi validado pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que parabenizou a equipe médica por empregar todas as medidas padrão, como o uso de etanol farmacêutico e a realização de hemodiálise. Embora a assessoria de Hungria prossiga à espera dos resultados da contraprova, o órgão de saúde considera o caso oficialmente encerrado, mesmo com o monitoramento contínuo do quadro clínico do cantor.
