O capítulo de terça-feira (30) de Vale Tudo alternou entre momentos de excelência e falhas evidentes. Paolla Oliveira (Heleninha) encantou o público com uma interpretação carregada de emoção, equilibrando fragilidade e intensidade. Ao seu lado, Guilherme Magon (Leonardo) se destacou como uma das grandes revelações do remake. No entanto, o roteiro apresentou inconsistências que comprometeram a experiência do telespectador.
O texto da autora Manuela Dias não conseguiu sustentar a narrativa. Apesar da qualidade do elenco, algumas situações do capítulo pareceram forçadas e ilógicas. A condução das cenas falhou em criar coerência, deixando lacunas que prejudicaram o impacto do drama.
Críticas para Vale Tudo
Um ponto crítico foi a decisão de Odete (Débora Bloch) em deixar o filho isolado sem assistência. Mesmo podendo acionar a clínica que anteriormente cuidou de Leonardo, ela optou por ignorar o perigo, sem verificar a situação após o disparo que atingiu Ana Clara (Samantha Jones). Essa escolha contradisse a lógica dos acontecimentos e enfraqueceu a consistência da trama.
A chegada de Maria de Fátima (Bella Campos) ao sítio também trouxe problemas. Sabendo do atentado a Ana Clara, a personagem não procurou ajuda médica ou policial e ainda se envolveu em uma cena absurda ao pegar carona em uma carroça cheia de galinhas. Além disso, suas decisões emocionais acabaram prejudicando a própria segurança e interesses financeiros.
Roteiro favorece núcleo dos Roitman na novela das nove da Globo
O roteiro favoreceu o drama da família Roitman, deixando Maria de Fátima em segundo plano, mesmo em momentos decisivos. Embora cenas como o choque de Heleninha ao descobrir que Leonardo estava vivo fossem intensas, a escrita fraca esvaziou parte da emoção, transformando momentos que poderiam gerar catarse em situações que o público acabou encarando com humor involuntário.