Hollywood em Luto: a verdade sobre a história e a morte de Robert Redford aos 89 Anos

Astro de “Butch Cassidy” e fundador do Sundance Institute morreu em casa, cercado pela família.

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Robert Redford, um dos maiores ícones do cinema mundial, morreu aos 89 anos em sua casa em Sundance, Utah, cercado pela família, segundo informou sua assessoria. A causa da morte não foi revelada. Ator, diretor e produtor, Redford uniu charme de galã e compromisso político, além de ter fundado o Sundance Institute e o Festival Sundance, que se tornaram símbolos do cinema independente.

Dono de uma carreira de mais de cinco décadas, brilhou em clássicos como Entre Dois Amores, Todos os Homens do Presidente e Proposta Indecente. Mas foram suas parcerias com Paul Newman em Butch Cassidy (1969) e Golpe de Mestre (1973) que o transformaram em lenda. Mesmo assim, afirmava: “Não é fácil ser Robert Redford. As pessoas estão tão ocupadas com a minha aparência que é um milagre eu não ter me tornado uma bolha de protoplasma constrangida”, disse certa vez à revista New York.

Do sonho de pintor ao estrelato em Hollywood

Nascido em Santa Monica, em 1937, Redford sonhava em ser artista plástico. Chegou a estudar pintura na Europa antes de migrar para Nova York, onde foi convencido a atuar no teatro. Em pouco tempo, tornou-se presença constante na Broadway e estreou no cinema em 1962. O sucesso veio com Descalços no Parque (1967), ao lado de Jane Fonda.

Mesmo recusando papéis icônicos, como o de A Primeira Noite de um Homem, preferiu construir uma carreira diversificada. Em 1980, conquistou o Oscar de melhor diretor por Gente como a Gente e, em 2001, recebeu a estatueta honorária. Discreto, viveu entre Hollywood e seu retiro em Utah, onde conciliava família, ativismo ambiental e apoio ao cinema independente.

Legado e despedida de um gigante do cinema

Redford manteve-se ativo até o fim da vida. Em 2017, voltou a contracenar com Jane Fonda em Our Souls at Night, da Netflix, quando afirmou que estava perto de encerrar a carreira como ator. Fiel ao primeiro amor, a pintura, dizia que o cinema era também uma forma de arte. Sua visão progressista e sua capacidade de transformar Hollywood em um espaço mais plural consolidam seu legado como um dos maiores nomes da história do cinema.