Adeus a uma lenda: Rick Davies, fundador do Supertramp, morre aos 81 anos

Ícone do rock progressivo deixa legado eterno e reacende polêmica sobre o fim da era de ouro da banda.

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Rick Davies, fundador, vocalista e tecladista da lendária banda britânica Supertramp, faleceu no último sábado (6), aos 81 anos. O músico lutava contra um mieloma múltiplo, um câncer que atinge as células do sangue. Ele deixa sua esposa, Sue Davies, com quem compartilhou a vida nos últimos anos.

Reconhecido pelo uso inconfundível do piano elétrico Wurlitzer e por sua voz rouca e intensa, Davies foi peça-chave para o sucesso mundial do grupo. Formada em 1969, a banda explodiu em 1974 com o álbum Crime of the Century, que trouxe a clássica “Bloody Well Right”, marcada pelo som característico do tecladista.

Sucessos que marcaram gerações

Nos anos seguintes, o Supertramp se consolidou como um dos maiores nomes do rock progressivo, emplacando músicas como “Goodbye Stranger”, “The Logical Song” e “It’s Raining Again”. O auge veio em 1979 com o álbum Breakfast in America, que ultrapassou 18 milhões de cópias vendidas no mundo. Mesmo após a saída de Roger Hodgson em 1983, a sonoridade de Davies manteve a identidade do grupo.

Nascido em Swindon, Inglaterra, em 1944, Rick cresceu inspirado pelo jazz, blues e artistas como Ray Charles. Diferente do estilo suave de Hodgson, sua voz mais áspera e dramática se tornou um dos pilares do Supertramp. Apesar de enfrentar problemas de saúde que o afastaram dos grandes palcos, Davies nunca abandonou a música, chegando a liderar a banda Ricky and the Rockets.

O legado além do Supertramp

A influência de Davies atravessou décadas. Canções do Supertramp foram revisitadas por artistas contemporâneos, como Goo Goo Dolls e Gym Class Heroes, que as levaram novamente às paradas nos anos 2000. Sua partida representa o fim de um ciclo, mas seu impacto no rock progressivo e na música mundial permanece imortal.