O termo Cripface tem ganhado atenção nas redes e na crítica de entretenimento, especialmente após discussões sobre representatividade em Vale Tudo, devido a algumas cenas da novela das nove da Globo. Assim como o conhecido blackface, que consiste na caricatura de pessoas negras por atores brancos, o cripface ocorre quando atores que não têm deficiência interpretam personagens com alguma limitação física ou motora;
Além disso, muitas vezes há situações exagerando gestos ou falas de forma estereotipada. Essa prática é vista como ofensiva e problematizada por artistas e especialistas, que alertam sobre a necessidade de representatividade autêntica e respeito às pessoas com deficiência.
Acusação de cripface em Vale Tudo
No caso da novela Vale Tudo, o personagem Leonardo, interpretado por Guilherme Magon, tem gerado críticas justamente por entrar nesse campo de representação inadequada. Diversos artistas não hesitaram em se posicionar.
Giovanni Venturini, conhecido por seu trabalho em Dias Perfeitos, e Haonê Thinar, de Dona de Mim, foram enfáticos ao afirmar que não se pode normalizar a prática de dar uma Nota 10 para um ator que interpreta uma pessoa com deficiência, classificando o fato como um cripface.

Para eles, a situação é equivalente a um blackface: uma representação que reforça estereótipos e invisibiliza o verdadeiro talento e a vivência das pessoas que deveriam ser representadas.
Críticas de atores e apontamento de cripface na novela das nove da Globo
Os atores reforçam que produções de entretenimento devem investir em representações autênticas, contratando atores com deficiência para papéis que retratem suas próprias experiências. A crítica ao cripface não significa impedir atuação ou talento, mas sim exigir responsabilidade e consciência social, evitando que o estereótipo se torne entretenimento aceito sem questionamento.
