Bella Campos, atualmente no ar como Maria de Fátima no remake de “Vale Tudo”, tem enfrentado críticas nas redes sociais e na imprensa pelo desempenho como a filha de Raquel, interpretada por Taís Araújo. Apesar das opiniões negativas, a Globo não pretende abrir mão da atriz. Pelo contrário, a emissora planeja transformá-la em um dos grandes nomes do elenco fixo, com um contrato de exclusividade que deve ser assinado em outubro, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. Essa decisão mostra uma mudança na estratégia da emissora, que vinha adotando contratos apenas por obra.
Recentemente, a Globo tem voltado a apostar em vínculos mais longos para manter talentos estratégicos. Um exemplo é Renato Góes, intérprete de Ivan na trama, que assinou contrato por três anos com a emissora. Agora, Bella Campos caminha para seguir o mesmo caminho, consolidando sua presença no horário nobre. A atriz, que se destacou em trabalhos anteriores, encara Vale Tudo como uma grande oportunidade para mostrar versatilidade e ganhar ainda mais espaço no cenário televisivo brasileiro.
Bella Campos falou sobre as mudanças no remake
Antes da estreia, Bella concedeu entrevista à revista 29 Horas e relembrou a icônica pergunta que marcou a história da TV: “quem matou Odete Roitman?”. Ela contou que essa frase sempre fez parte de sua vida, mesmo antes de conhecer a origem do mistério. Descobrir que o meme surgiu dessa trama reforçou para a atriz a força cultural das novelas e como elas ajudam a criar um imaginário coletivo capaz de atravessar gerações. Para ela, essa permanência mostra a dimensão do impacto que a história original teve na época.
Bella também comentou as mudanças no remake da Globo, destacando o avanço na representatividade. Na versão original, segundo a atriz, os personagens negros ocupavam posições estereotipadas, como uma empregada doméstica e um garoto ladrão. Agora, com duas protagonistas negras, a novela busca refletir melhor a diversidade brasileira.
Atriz pede mais espaço para profissionais negros nos bastidores
No entanto, a artista fez questão de ressaltar que essa conquista não aconteceu por acaso. Segundo ela, é fruto de muita luta e resistência, mas ainda há um longo caminho pela frente. Bella Campos acredita que a mudança precisa chegar também aos bastidores, com mais espaço para diretores, roteiristas e criadores negros. Para a atriz, assumir o comando das narrativas é essencial para garantir histórias autênticas e representativas, fortalecendo a presença negra na frente das câmeras.