A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (21) a operação “Fruto Envenenado”, em Campo Grande (MS), para investigar Jaqueline Maria Afonso Amaral por suspeita de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, e as investigações indicam que Jaqueline teria movimentado cerca de R$ 3 milhões entre 2018 e 2022, usados para manter um padrão de vida elevado e ocultar valores da facção criminosa.
Esquema de lavagem e apreensões
Segundo a Polícia Federal, Jaqueline, ex-companheira de um dos líderes do PCC, utilizava contas bancárias de familiares e amigos para movimentar os recursos. Durante as buscas, foram apreendidos veículos, aparelhos celulares e munições, incluindo um automóvel registrado em nome da mãe da investigada. A Justiça também determinou o bloqueio de mais de R$ 2,7 milhões relacionados ao esquema.
Jaqueline é casada com o cantor sertanejo Diego Barros da Silva, conhecido como Diego, da dupla Henrique e Diego. Até o momento, não há indícios que apontem para o envolvimento do artista nas investigações.

Defesa nega envolvimento
Em nota, a defesa afirmou que Jaqueline recebeu a ação policial com surpresa e negou qualquer participação em atividades criminosas. Informou ainda que ela se separou do ex-companheiro, ligado ao PCC, há anos, formou uma nova família e atua em atividade empresarial regular. A defesa declarou que Jaqueline entregou celular e senhas às autoridades e está à disposição para esclarecimentos.
O cantor Diego não se pronunciou sobre o caso, e a agenda de shows da dupla Henrique e Diego segue mantida. A Polícia Federal prossegue com a investigação para identificar outros envolvidos e detalhar o funcionamento do esquema. A operação “Fruto Envenenado” é mais uma ação de combate à lavagem de dinheiro e ao crime organizado no Brasil.
