O ator Tony Ramos recordou, em entrevista ao videocast Conversa vai, conversa vem, no YouTube, que cresceu sem a presença do pai biológico. Sua mãe se separou quando ele ainda era bebê, e a criação ficou a cargo dela e da avó materna, em São Paulo.
O artista contou que essa vivência influenciou diretamente na forma como decidiu exercer a paternidade com os filhos, a advogada Andrea e o médico Rodrigo. Tony explicou que, na década de 1950, a separação dos pais costumava significar um afastamento total, diferente de hoje, quando muitos casais preservam a convivência em nome dos filhos.
O ator lembrou que algumas conversas, como questões sobre sexualidade, teriam sido mais fáceis com o pai presente, mas que acabou encontrando apoio e respostas em tios, amigos e colegas. “Tive o olhar dessas duas mulheres com muito vigor e amor”, destacou, referindo-se à mãe e à avó.
Tony Ramos procurou ser próximo dos filhos
A experiência reforçou em Tony a importância de estar próximo dos filhos, mesmo com a rotina intensa de gravações e externas. O ator contou que, quando não podia ir a reuniões escolares, sempre se informava com a esposa, Lidiane, e mantinha momentos de afeto à noite, no quarto de cada um.
“Eu sou pai e não herói, apesar de ter feito a novela Pai Herói”, disse, lembrando com humor de seu trabalho na TV. Questionado sobre se a criação predominantemente feminina influenciou sua visão sobre o machismo, Tony afirmou que nunca precisou se policiar nesse sentido, pois nunca adotou posturas machistas.
Tony Ramos elogia a esposa
O ator finalizou destacando que o espírito libertário de Lidiane, sua companheira há mais de 50 anos, também foi essencial para manter o relacionamento e criar os filhos com afeto e liberdade. Para ele, a ausência do pai biológico não impediu que tivesse referências sólidas de amor e responsabilidade, que buscou replicar na própria família.