Juliana Garcia, vítima de uma agressão brutal registrada por câmeras de segurança em um elevador, falou pela primeira vez em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, antes de ser submetida a uma cirurgia de reconstrução facial. O caso gerou ampla comoção pública após as imagens, que mostravam a jovem sendo agredida com 61 socos em apenas 36 segundos, viralizarem nas redes sociais.
Durante a entrevista, concedida ao programa Domingo Espetacular, Juliana optou por não mostrar o rosto e fez fortes declarações sobre o trauma vivido. A jovem classificou o relacionamento com o agressor como abusivo e afirmou que, no momento do ataque, não tentou sair do elevador por considerar que aquele era o único espaço onde poderia ser vista e socorrida, caso algo pior ocorresse.
Juliana deu entrevista
Juliana também comentou sobre o impacto psicológico da agressão, dizendo que não consegue mais se reconhecer diante do espelho. “O pior é quando eu me olho no espelho, quando eu não consigo enxergar a pessoa que eu sou, a mulher vaidosa que eu sou, a minha vida que foi tirada”, disse.
Para ela, a violência sofrida destruiu não apenas sua imagem, mas a própria identidade como mulher. A entrevista emocionou os telespectadores e trouxe à tona a gravidade de relacionamentos abusivos que evoluem para agressões físicas extremas.
Nota da advogada
A advogada da vítima, Renata Araújo, divulgou nota, afirmando que Juliana segue internada em recuperação no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal. Ela passou por uma cirurgia delicada para reconstrução do rosto, mas ainda não há previsão de alta médica.
O agressor segue sendo investigado e em prisão preventiva. O caso gerou debates sobre violência contra a mulher e reforçou a importância de denunciar sinais de abuso antes que se agravem.
