O Jornal Nacional mostrou para todo o Brasil a morte de um jornalista. “Morreu hoje, aos 74 anos, o jornalista Marcelo Beraba”, anunciou William Bonner, no telejornal mais assistido da TV. Marcelo morreu nesta segunda-feira (28),.
Ele era um dos nomes mais respeitados do jornalismo investigativo no Brasil. Fundador e primeiro presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Marcelo foi movido pelo assassinato de Tim Lopes a criar um espaço para fortalecer a prática do jornalismo ético e vigilante.
Trajetória de Marcelo Beraba
Beraba iniciou sua carreira como repórter no jornal O Globo, onde protagonizou um dos momentos mais importantes da imprensa brasileira. Em 1981, revelou imagens que comprovavam o envolvimento de militares no atentado do Riocentro, marcando o início de uma virada no processo de abertura política do país.
Com passagens por veículos como TV Globo, Folha de S.Paulo, Jornal do Brasil e O Estado de S. Paulo, Beraba era reconhecido como um profissional rigoroso e incansável. Sua atuação contribuiu para formar gerações de jornalistas atentos à importância da apuração precisa e da responsabilidade social da imprensa.

Luta contra câncer no cérebro
Nos últimos meses, o jornalista enfrentava um câncer no cérebro e estava internado. Amigos e colegas lamentaram a perda e relembraram seu legado como defensor da liberdade de imprensa e dos direitos humanos. A notícia da morte comoveu o meio jornalístico e rendeu homenagens de diversas entidades.
Marcelo Beraba deixa um exemplo de integridade e coragem. Sua carreira foi marcada por enfrentamentos importantes, sempre em nome do interesse público. O trabalho que desenvolveu permanece como referência fundamental para o jornalismo brasileiro.
