Oruam desafia polícia e acaba com mandado de prisão; cantor pode ser preso a qualquer momento

Artista buscou refúgio no Complexo da Penha após conflito com agentes durante mandado de busca e apreensão.

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O rapper Mauro Davi Nepomuceno, conhecido como Oruam, teve sua prisão decretada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (22). A decisão judicial é resultado de um incidente ocorrido na noite de segunda-feira (21), no qual o artista teria acobertado um menor de idade procurado por roubo e impedido sua captura por policiais.  

Para escapar do cerco policial, Oruam buscou abrigo no Complexo da Penha, na Zona Norte da cidade. Segundo publicado pelo site Notícias da TV, em um vídeo divulgado nas redes sociais, o rapper desafiou as autoridades: “Aí! Eu quero ver você vir aqui, pô! Me pegar aqui dentro do complexo! Não vai me pegar, sabe por causa de quê? Que vocês peida!”.  

A Polícia Civil indiciou Oruam por seis crimes, incluindo tráfico de entorpecentes, associação ao tráfico, lesão corporal, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato. Segundo o secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, o rapper é considerado um bandido da pior espécie.  Em entrevista à TV Globo na manhã desta terça-feira (22), Curi detalhou as acusações contra o artista.

Oruam já teve várias confusões com a polícia

Esta não seria a primeira vez que Oruam, filho do traficante Marcinho VP, se envolve com a justiça. Em fevereiro deste ano, ele foi detido por abrigar outro foragido, mas foi liberado no mesmo dia.  Na semana anterior a essa prisão, Oruam também foi detido por realizar manobras arriscadas com seu veículo na Barra da Tijuca, tentando ultrapassar uma blitz policial e dando início a uma perseguição. Na ocasião, foi autuado por direção perigosa e por dirigir com a carteira de habilitação suspensa, sendo liberado após pagar fiança de R$ 60 mil.

O rapper possui tatuagens em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pelo falecimento do jornalista Tim Lopes.  Inclusive, Oruam foi alvo de um projeto de lei, apelidado de “Lei Anti-Oruam”, proposto pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), na cidade de São Paulo, que visa impedir a contratação de artistas acusados de fazer apologia ao crime pelo poder público.

Oruam dá versão sobre ação policial

Em seus stories, Oruam confirmou estar no Complexo da Penha e relatou sua versão dos fatos aos seus seguidores: “Aí, tropa, posta isso daí, tropa: tem mais de 20 viaturas na porta da minha casa. O mesmo delegado que me prendeu, eu estava saindo, botou uma pistola na minha cara, tentou me prender, conseguimos sair”.  

Ele ainda acrescentou: “Claro que ele vai querer prender nós! Nós é filho de bandido! Nós não é ninguém, vai entrar na nossa casa à meia-noite, vai fazer o que quiser com nós”.  O artista também compartilhou um vídeo de um cômodo de sua casa revirado, alegando ter sido violado pelos policiais.  A defesa de Oruam afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito policial e, por isso, não se manifestará no momento.