O SBT transformou uma disputa judicial em ação de marketing ao manter o mistério sobre a exibição do programa No Alvo, cuja estreia estava marcada para a noite da última segunda-feira (14). Pablo Marçal, convidado da primeira edição, teria tentado impedir na Justiça a veiculação da atração.
Durante o Programa do Ratinho, Carlos Massa antecipou a polêmica ao informar que o empresário gravou, mas depois quis barrar a exibição. “É um programa novo. Hoje, no No Alvo, estará o Pablo Marçal. Ele já gravou o programa. Só que ele entrou na Justiça e não quer deixar o programa [ser exibido]”, declarou.
O apresentador criticou a situação e relembrou outros casos semelhantes. “O ex-governador [João] Doria veio e na terceira pergunta foi embora. E proibiu [a exibição]. Mas eu acho que os advogados do SBT, que são competentes, têm que botar o programa no ar”, disse Ratinho.
Suspense e provocações no ar
Ao longo do programa, Ratinho manteve o público em suspense e questionou a indecisão da emissora. “Estão falando pra mim que não sabem se o No Alvo vai pro ar. É uma falta de respeito não ir pro ar!”, reclamou.
O apresentador foi enfático ao pressionar a alta cúpula da emissora. “Se tiver que levar processo, leva processo! Se tiver que prender Rinaldi [Faria, novo superintendente do SBT], prende Rinaldi. Se tiver que prender Daniela [Beyruti, presidente do SBT], prende a Daniela”, disparou.
Exibição liberada e alerta judicial
Após exibir trechos do Dez ou Mil e uma breve edição da Banheira do Gugu, Ratinho anunciou a liberação do programa. “A Justiça liberou o programa No Alvo. Começa agora”, afirmou às 23h24.
O clima descontraído deu lugar ao tom tenso da nova atração, que começou com um aviso jurídico. “As opiniões expressas neste programa são de responsabilidade exclusiva dos entrevistados e não refletem a posição do SBT.”
“Você tá enganado quanto isso, é mais pra mostrar que não temos controle sobre as ações dos outros, e estudar”, disse Pablo Marçal durante sua participação. O conteúdo completo da entrevista foi exibido após longas negociações internas e o aval jurídico final.
