William Bonner vai além da parcialidade jornalística e cresce como âncora, avalia colunista da Folha. Nesta quarta-feira, 29 de abril, o apresentador William Bonner em diversos momentos mostrou que o bom jornalismo vai bem além da parcialidade. Com mostra a coluna de Tony Goés, da Folha de São Paulo, ao mostrar seu descontentamento com o governo de Jair Bolsonaro e outros políticos William Bonner tem crescido como âncora.
A palavra “âncora” no jornalismo está relacionada ao profissional que apresenta e comenta o telejornal ao mesmo tempo. Essa figura é rara hoje na televisão. Um dos últimos bons âncoras foi Ricardo Boechat, morto em um acidente aéreo. Bóris Casoy também chegou a fazer história com seus comentários, especialmente nos tempos do SBT, mas viu o tempo tirar-lhe um pouco da sua relevância.
No caso de William Bonner, o apresentador, como avalia o colunista da Folha, exerce a função com certa maestria. Ao longo do telejornal, William Bonner fez pausas dramáticas ao ler uma introdução para uma matéria sobre às vezes em que o presidente Bolsonaro menosprezou o coronavírus. Ao longo de todo o Jornal Nacional, a retórica de Bolsonaro, questionando o “e daí?” foi usada várias vezes.
Em outro momento, elevando a sobrancelha, William Bonner mostrou que estava assustado, perplexo com uma fala de Nelson Teich, atual ministro da Saúde. Ele dizia naquele momento que o governo sempre apoiou a quarentena.
Em um terceiro instante, William Bonner criticou outro político, Rodrigo Maia. O motivo é que o presidente da Câmara colocou a máscara de proteção no queixo e não tapando a boca e o nariz, como é o recomendado.