A indenização paga pelo seguro do avião envolvido no acidente que vitimou Marília Mendonça e outras quatro pessoas tem gerado controvérsia. Segundo informações divulgadas pelo jornalista Ricardo Feltrin, a seguradora responsável pela aeronave disponibilizou um valor total de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões na cotação atual) para ser dividido entre os familiares das vítimas. Cada uma das cinco famílias, portanto, teria direito a aproximadamente US$ 200 mil.
No entanto, o jornalista Ricardo Feltrin divulgou a informação de que a família de Marília teria ficado com 50% do valor do seguro, enquanto o restante foi dividido para as outras quatro vítimas. Com isso, as famílias tiveram que dividir o valor restante e ficaram com 125 mil dólares cada uma. O argumento usado seria de que a vida da artista teria um valor mais elevado, por conta de sua relevância e projeção pública. A informação foi confirmada publicamente por George Freitas, pai de Henrique Bahia, produtor de Marília, que também morreu na queda da aeronave.
Mãe de Marília Mendonça teria se reunido com familiares das vítimas
Ainda segundo Feltrin, Dona Ruth teria se reunido com representantes das demais famílias, pouco tempo após a tragédia, pressionando por um acordo que lhe garantisse uma fatia maior da indenização.
O pedido teria gerado desconforto entre os envolvidos, que alegaram que o seguro deveria ser repartido de maneira igualitária, uma vez que se tratava de um seguro por morte — independentemente da notoriedade de qualquer passageiro. “A parte da Marília Mendonça pediu 50% disso. E para mim não foi justo. A gente tinha que fazer um acordo, senão ia para a Justiça. Eu fui contrária a essa decisão até o momento que eu pude“, contou Vitória Drumond Medeiros, filha do piloto Geraldo Medeiros Júnior, em suas redes sociais.
Filha de piloto confirmou história
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Vitória Drumond Medeiros confirmou que a família da cantora teria ficado com 50% do valor, deixando os outros 50% para serem divididos entre as famílias dos quatro demais mortos. Ela afirmou que foi contra esse acordo, mas que, sem um consenso, a alternativa seria uma longa disputa judicial.
“A parte da Marília era a que mais tinha dinheiro ali, sabe? As outras famílias tinham menos, precisavam mais. O meu provedor foi embora. Esse dinheiro ia ajudar muito cada uma das famílias. Eu, por exemplo, deixei de fazer medicina na Argentina porque estava ficando insustentável“, relatou a jovem.
